Depois de um dia de trabalho imntenso ele pegou o coletivo. No ônibus, ele sentou-se naquele banquinho que fica perto do motorista. Quando o ônibus parou no semáforo ouviu-se um barulho que veio lá da parte da frente do veículo. Em seguida o motorista desceu e foi ver o que havia acontecido. Deu para ouvir que o motorista teve que dar umas pancadas aqui, outras ali, mas depois ele voltou e continuou a viagem.
Mais dois pontos à frente quando o motorista brecou novamente o veículo para pegar os passageiros que estavam no ponto aconteceu o mesmo barulho. Lá foi o motorista ver o que havia acontecido. Instantes depois ele voltou com uma grade enorme. Era uma peça grande que ficava na parte da frente do ônibus, ela soltou-se e caiu na rua.
O motorista sem a menor cerimônia entregou a peça – uma daquelas grades da frente do ônibus – que estava cheia de poeira e graxa para ele segurar e disse:
- Senhor! Por gentileza, o senhor pode segurar para esta peça para mim? Obrigado!
Ao pegar a peça ele ficou com a mão toda preta por causa da sujeira que havia lá e pensou: Esse motorista é maluco onde já se viu envolver a gente assim eu não tenho nada a ver com isso. Tudo bem! Ajudar a gente ajuda, mas isso já é um abuso, essa peça ta uma sujeira só. Foi quando lá do banco dele o motorista jogou um paninho todo preto e disse:
- Aê amigão! Pega esse paninho aí que é para você limpar a mão. Se você quiser aqui atrás do banco tem uma garrafa de Coca Cola com água. Valeu irmão!
Edilson Rodrigues Silva
