- Alô! Disse a pessoa que atendeu ao telefone.
- Alô! Por favor, eu gostaria de falar com a dona da linha. Disse a operadora de telemarketing.
- Pois não! É ela! Disse à mulher que tinha atendido ao telefone.
- Amorzinho! Por favor, vai chamar a sua mãe prá mim, vai. Diga prá ela que é importante tá anjinho. Disse a operadora de telemarketing.
- Minha queridinha! Eu não sou nenhuma criança. Eu sou a dona da linha. Vamos parar de gracinha porque eu tenho mais o que fazer. Disse a dona de casa.
- Docinhooo! Meu amorrr! Chama a mamãe, chama. Fala prá ela que a titia aqui tem uma promoção imperdível. Insistiu a operadora de telemarketing.
- Tiaaa!? A dona de casa ficou chocada com a ousadia daquela chata do telemarketing.
- Escuta aqui ó...Interrompeu a operadora de chateação:
- Oi meu amor! ...Oi meu benzinho! Você já chamou a mamãe? Perguntou a operadora de telemarketing.
- Chamei tia. Ela falou que não vai atender nenhuma chata que nem você e não adianta ligar mais porque ela disse que, de uma chata que nem você, ela não compraria nenhuma bala sequer. Respondeu a Dona de casa prá lá de irritada.
Sempre era a mesma coisa. Só porque a voz dela era mais fina do que o normal as pessoas sempre pensavam que estivessem falando com uma criança e não com uma mulher adulta.
Edilson Rodrigues Silva