Os grilos e os sapos começavam a sinfonia noturna, os odores se misturavam entre os perfumes florais da noite e o delicioso cheiro das comidas das mamães.
Entretanto, uma coisa chamava muito a atenção da criançada:
Os vagalumes. Aqueles seres pequenos e fascinantes que viviam a dançar pela noite escura. Era um espetáculo misterioso. O artista era esperto. Ora sumia aqui para aparecer ali enganando todo mundo, isso era diversão e alegria para a criançada e para os marmanjos também.
O tipo mais comum de vagalume que aparecia nas matas da vizinhança era aquele que acende o bumbum. De vez em quando aparecia uma espécie de vagalume diferente – aquele tipo que fica com os olhos acessos – este era mais raro e o mais bonito, a sua luz riscava a noite escura e fazia um efeito muito interessante, um reflexo, no meio das folhagens.
Essas luzes, hoje, muito raras nos grandes centros urbanos, estarão para sempre na nossa memória iluminando a eterna criança que mora em cada um de nós.
Edilson Rodrigues Silva