Quando alguém rebatia com força e precisão, a bolinha poderia seguir um rumo muitas vezes inesperado. Por exemplo, a casa do Sansão. Ele era um cachorrão muito grande e mais bravo ainda, era uma daquelas feras que até babava quando latiam. Todos tinham medo dele.
Se a bolinha caísse no quintal onde o Sansão morava, se houvesse alguém em casa, era só pedir de volta que não havia problema não. Mas, se não houvesse ninguém na casa a coisa complicava e a garotada tinha que montar uma operação de resgate da bolinha se quisessem continuar a brincar.
O plano era fazer uma turma chamar a atenção do cão na parte dos fundos do quintal, pois o quintal era enorme, enquanto a outra turma tentava resgatar a bolinha onde ela estivesse. Ás vezes dava tudo certo. No entanto, outras vezes era uma correria total, tinham que subir em árvores e em muros, era uma aventura total. No final dava tudo certo e, com muita alegria e liberdade, a garotada voltava a brincar.
Os amigos tinham que se reunir. Uns riscavam a rua, outros iam atrás dos tacos, outros das latas ou gravetos para fazer a casinha. Todos faziam alguma coisa existia união, alegria e diversão de verdade. Quem sabe era por isso que o jogo de tacos é lembrado até os dias de hoje como um dos melhores momentos de muitas gerações de crianças.
Edilson Rodrigues Silva