Um Dia de Sorte - Crônicas Engraçadas e divertidas - Histórias Engraçadas















Aquele era o caminho normal que ele fazia todos os dias para voltar da escola para a sua casa, geralmente, não havia novidade alguma. No entanto, naquele dia ele encontra um envelope marrom que estava caído na calçada, imediatamente ele abre e qual não é a sua surpresa quando ele encontra lá dentro um par de ingressos para o grande clássico que iria acontecer naquele mesmo dia á noite. Como os ingressos e nem o envelope traziam identificação de espécie nenhuma ele não tinha como devolver, e logo pensou: Achado não é roubado.


Ver um jogo daquela importância era um sonho antigo, agora, que ele tinha em mãos os ingressos era só arrumar uma companhia de um adulto com mais experiência e pedir que ele o levasse para assistir ao jogo.


Ele convidou o seu primo Zeca que de pronto aceitou a difícil missão, também pudera, era um torcedor fanático de um dos times que estaria logo mais disputando a tão concorrida peleja. Que sacrifício penoso não, caro torcedor.


Ao chegar ao estádio eles foram para os lugares marcados no ingresso e assim a partida foi acontecendo, cheia de emoção, com muitos lances empolgantes e alguns gols. Para sua infelicidade o time dele não estava jogando muito bem naquela noite e estava em desvantagem de um gol no placar, mas ele não desanimava e tinha certeza que o time do seu coração iria empatar e virar o placar.


Já era o segundo tempo e o seu time tinha empatado a partida e estava pressionando o adversário no ataque procurando fazer o gol da vitória, cruza daqui , tabela prá lá, é drible disso e daquilo, chuta pra lá: Uuuuuhhhh! A torcida grita lamentando a chance não aproveitada...


Faltando alguns minutos para o término da partida o craque do seu time, num lance de gênio, fenomenal, com um toque de classe define o placar a favor do seu time. O estádio explode de emoção. É todo mundo pulando, gritando, vibrando e colocando prá fora toda a ansiedade reprimida.


Ele está lá pulando e comemorando também ...foi quando o craque se aproxima do setor onde ele estava junto com o primo e joga a camisa para a torcida...nem precisa dizer que a disputa foi muito acirrada, e camisa vai prá lá, vai prá cá, de repente começa um empurra-empurra e ninguém mais sabe o que fazer. Para a sua sorte, enquanto os outros torcedores começaram a discutir e a brigar a camisa ficou no chão e ele logo pegou e a colocou dentro da mochila do primo. A camisa estava bastante suada e molhada. Ma isso não importava, ele sempre quis ter uma camisa do seu time e hoje era o seu dia de sorte e nada poderia impedir a realização daquele sonho.


Ele e o primo ficaram sentados em um setor mais afastado esperando a confusão diminuir para que eles pudessem sair do estádio. Esperaram por mais de uma hora até que os torcedores brigões fossem embora e resolveram ir embora também.

Quando os dois passavam pelo portão ele quase perdeu a respiração e não pode conter-se de tanta emoção. Não era possível, pensou ele. Estaria ele confundindo aquele homem com o seu craque favorito. Não! Não era sonho não, o craque teve que passar por ali para participar de uma entrevista e agora ele estava indo embora. Na emoção de encontra o craque ele saiu em disparada e não percebeu um dos muitos fios que estavam pelo chão, tropeçou em um deles e foi lançado alguns centímetros para frente e caiu sobre o tripé de um equipamento de iluminação. O choque dele com o equipamento de iluminação causou uma grande confusão e, para sua sorte, não aconteceu nada de mais grave com ele.

Por causa da confusão o craque voltou-se e foi ver o que estava acontecendo. Vendo o garoto meio tonto e um pouco confuso, conversou com ele e pediu para o roupeiro uma camisa oficial do time, assinou e colocou uma dedicatória só para ele. O craque fez um breve carinho no garoto e sumiu no meio do povo.



Edilson Rodrigues Silva

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