Era final de tarde. Um jovem estava de
passagem por uma grande praça no centro da cidade quando ele passou diante de
um banco onde estava sentado um homem muito bem vestido e que chorava
desesperadamente.
Comovido com aquela dolorosa situação
o jovem resolveu conversar um pouco com o triste, mas distinto cavalheiro.
- Senhor! O que foi que aconteceu? É
alguma desilusão amorosa? É algum problema em casa? A sua esposa o abandonou? Os
seus filhos estão bem? Perguntou o empático moço.
- Não meu jovem! Eu tenho uma esposa
linda, meus filhos são maravilhosos. A minha esposa me ama demais e eu também a
amo loucamente. Os meus filhos são os melhores filhos que um homem poderia
querer. Respondeu o inconsolável homem.
- Então só pode ser por motivo
financeiro. A empresa do senhor faliu e o senhor está na miséria. É isso? Perguntou
o interessado jovem.
- Também não meu rapaz! Eu tenho
muitas empresas e elas, além de me darem muita alegria, me dão um lucro
espetacular. Tenho ainda muito dinheiro investido em minas, em poços de
petróleo, possuo muitos imóveis e fazendas... Enfim! Eu sou um homem muito
rico. Esclareceu o enigmático senhor.
- Puxa vida! Quantas e quantas pessoas
não possuem nada disso que o senhor tem e que, ainda sim, são extremamente
felizes. O senhor deveria se envergonhar disso. Quantos não gostariam de estar aí
no lugar do senhor e o senhor fica aí chorando e se lamentando. Francamente! O
senhor não tem vergonha de ficar assim, chorando de barriga cheia? Perguntou o
inconformado rapaz.
- Eu sei meu jovem! Eu sei de tudo
isso! É por isso que eu choro. Eu não consigo me lembrar onde eu moro. Explicou
o homem.
Edilson Rodrigues Silva