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Amor!...Amor!...Acorda amor!...Chamou a esposa.
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Ãhhhh!...O que foi mulher?...Caramba!...Já são sete horas? Resmungou o farmacêutico.
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Não ainda não. Amor! Tem alguém batendo
desesperadamente lá na porta da farmácia.
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Uáááá!...Desesperado?...Batendo na porta da farmácia?... Há essa hora... São só
quatro horas da madrugada... Ãhhhh!...Tô morrendo de sono. A pessoa que volte
mais tarde... Ãhhhh!...
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Amor!...Amor!...
-
O que foiiiiiii?...Eu preciso descansar.
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Amor, pode ser uma emergência. Pode ser alguém que esteja precisando da nossa ajuda.
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De ajuda? Aqui não é hospital... Eu é que estou precisando de ajuda... Estou cansado...
Uáááá!...Eu estou morrendo de sono. Vou voltar a dormir...
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Amorrr! Podia ser com a gente... Vai lá... Já imaginou se fosse o nosso filho
precisando de ajuda?... A gente tem que ajudar.
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Nosso filho!...É mesmo né... Mas a gente não tem filho.
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Amor! Vai lá ajudar vai.
-Tá
legal! Vou dar uma olhada... Você viu o meu chinelo?
-
Ele está aqui!
-...
Já volto.
Instantes
depois...
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E aí amor?...Era algo grave?...Você conseguiu ajudar a pessoa?
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Consegui sim! Tudo isso graças a você e a esse seu coração enorme..
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Toda orgulhosa a esposa justificou: Eu não falei!... Tá vendo!...É bom ajudar
as pessoas não é?...Quem era?
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Era um bêbado querendo se pesar.
Edilson
Rodrigues Silva