A adolescência é uma época
inesquecível a gente aprende tantas coisas diferentes. É um tempo de muitos descobrimentos
e também de bastante preguiça...E bota preguiça nisso.
Esse era o caso do nosso garoto. Embora
fosse o dever dele, a mãe tinha que ficar sempre no pé para que ele tomasse
coragem e fosse recolher a produção diária da Nina e do Bóris que eram os
labradores mais lindos do mundo e que, por acaso moravam ali naquela casa.
Ele como todo adolescente adorava dar
um capote na mãe e no pai.
Se der para fazer as coisas do jeito
mais fácil para que complicar não é? Pensava ele.
Embora a mãe sempre pedisse para que
ele recolhesse as cacas e colocasse tudo devidamente embrulhado no lixo. Ele,
esperto, como todo garotão nessa emocionante idade pegava a produção diária com
uma pá e depois, parecendo atleta olímpico,arremessava aquele agradável e
cheiroso montinho para um terreno baldio que existia bem atrás do quintal da
casa dele.
Para ele estava tudo bem. Não tinha
nada de mais. Ele até que estava contribuindo com a natureza. Ele estava
jogando material orgânico de excelente qualidade e conseqüentemente estava adubando
aquela carente vegetação que existia ali.
O que ele não esperava é que naquele
dia tinha outra pessoa ali no mato ao lado também contribuindo com bastante
força para que o nosso planeta ficasse cada dia mais sustentável...
Assim que, lá do quintal dele, ele arremessou
os cheirosos mísseis caninos, imediatamente, ele ouviu alguém reclamar lá do outro
lado do muro:
- Droga!...Quem foi o Píiiiiii que
jogou essa Píííííí´!... Aqui?...Porcaria!...Não pode nem mais Pííííííí...tranqüilo!...#@%+...
Edilson Rodrigues Silva