Crônicas do cotidiano - Estrelas de cheiro

Ela se levantava cedinho para trabalhar e ao passar pela rua de baixo, de longe, ela já começava a sentir o delicioso perfume do jasmim manga. Aquele pé de jasmim era muito antigo e parecia que a cada ano que passava ele dava mais e mais flores.


Quando chegava à época do natal quando o velho pé de jasmim estava completamente carregado de flores, elas caiam e forravam todo o chão ao seu redor. Como era época de horário de verão no horário que ela passava ali ainda estava escuro e assim era possível ver que quando as flores caíam sobre o escuro asfalto, como eram flores brancas, eram como estrelas perfumadas a flutuar no negro escuro da madrugada.


Edilson Rodrigues Silva