O vestibular seria na semana seguinte e, para relaxar um pouquinho, e também para matar a saudades de uma coisa tão simples e gostosa, ela foi levar o Caetano, o cão Labrador da família, para passear pelas ruas do bairro.
O Amável cãozinho dá uma paradinha na árvore, dá uma cheiradinha aqui, uma cheiradinha ali e depois uma mijadinha bem caprichada. Assim o passeio ia indo muito bem, até que eles passaram por uma casa onde havia um gato deitado no muro, quando o gato viu o cão ele assustou-se e saiu em disparada, em disparada também ficou o coração da garota porque o amável e quieto labrador se transformou num cão descontrolado e saiu com tudo atrás do gato.
Ele puxava e arrastava ela com uma força tremenda. Como ela era uma moça do tipo pequena ela não tinha forças e mal conseguia segurar o cãozinho que estava completamente alucinado indo atrás do gato. O bichano subiu num outro muro adiante e o Caetano ficou ali latindo, o gato foi até o telhado do vizinho e voltou para a primeira casa. Nisso o labrador saiu com tudo. Ela tropeçou e caiu na calçada, com a queda ela esfolou um pouco o joelho e sujou bastante as suas roupas.
Quando ela caiu uma senhora veio ajudá-la a se levantar. Como à senhora havia acabado de comprar pão ela deu um pãozinho para o cão e assim ele se aclamou e foi possível afastá-lo de lá.
Ao chegar a casa, a mãe dela assim que a avistou ficou surpresa ao ver a filha naquele estado e disse:
- Nossa filha! Onde você foi levar o Caetano para passear lá na guerra do Iraque filha? O que aconteceu com você? Foi um atentado, foi?
Edilson Rodrigues Silva
