O pior é que ele não fazia a menor idéia de onde é que tinha ido parar aquele dinheiro todo. Ele estava mais atento que nunca. Será que foi alguma coisa que ele pagou duas vezes? Algum problema com o sistema do banco? Na verdade ele estava numa maré de azar daquelas bem bravas,ele estava vivendo uma daquelas situações onde tudo dá errado e pra coisa melhorar só com oração forte.
No Início ele ficou muito nervoso, mas depois foi se acalmando. Ficar estressado não iria ajudar a resolver a situação e nem muito menos faria com que o dinheiro voltasse para o caixa. Pensou ele. Então o jeito foi relaxar e colocar a cabeça para funcionar. Ele tentava também se lembrar de alguma coisa diferente que possa ter acontecido. Nada lhe veio à mente.
Por mais que ele tentasse se lembrar foi inútil. Nenhuma pista apareceu. Ele pensou: Só pode ter sido aquele imposto da Mecânica Rio Bonito que ele havia recebido na boca do caixa. O valor era exatamente de dois mil reais. Ufa! Que bom que eu me lembrei disso, com certeza tinha sido aquele pagamento. O rapaz da mecânica ficou conversando com ele e isso foi o bastante para que ele se distraísse.Pensou ele.
Agora, mais aliviado ele podia relaxar. O relaxamento foi tanto que deu vontade de ir ao banheiro fazer a operação número dois.
Que Dia! Eu não vejo a hora desse dia acabar. Amanhã bem cedo vou resolver de vez esse caso da diferença e torcer para que nada mais aconteça, pensava ele.
No banheiro, completamente envolvido com os seu pensamentos ele relaxou. Assim que ele terminou a delicada operação ele esticou o braço para procurar o material necessário para finalizar os trabalhos e...Cadê o material de apoio?...Infelizmente, aquele dia ruim ainda não havia terminado. É como diz um ditado popular: Não há nada que esteja ruim que não possa ser piorado. Que dia!
Edilson Rodrigues Silva