Aquela era uma das últimas etapas do processo de seleção para um excelente cargo de estagiário em uma conceituada multinacional do setor financeiro.
O processo estava sendo conduzido por uma grande agência de empregos. Depois de algumas etapas, havia chegado o momento de fazer a maravilhosa e esperada dinâmica de grupo.
Bem na hora de fazer às atividades, quem sabe por causa do nervosismo, bateu nele aquela vontade de fazer a operação número dois e, sem demora o jovem disparou rumo à sala real.
Enquanto isso lá na sala da dinâmica... Em cima de uma cadeira e, de dentro de uma mochila, começou a tocar um celular. Às pessoas olhavam uma para as outras tentando ver a quem pertencia à agitada mochila. Isso na esperança de que alguém viesse atender ao inesperado telefonema. No entanto, ninguém apareceu. Com certeza, a mochila não era de nenhuma daquelas pessoas que estavam ali na sala no momento. De dentro da mochila tocava insistentemente uma harmoniosa e calma sinfonia:
Mão na cabeça que vai começar:
O Rebolation tion tion, Rebolation
O Rebolation tion tion, Rebolation
O Rebolation tion tion, Rebolation
O Rebolation tion tion, Rebolation
Ô Rebolation é bom bom
O Rebolation é bom bom bom...
A fantástica música ficou ali tocando durante mais ou menos uns três minutos até que alguém resolveu levar a agitada mochila para a sala ao lado. A mochila ficou ali cantando durante o reinado do cidadão. Quando ele retornou da sala do trono todos ficaram olharam para ele até que alguém o avisou que a mochila dele estava rebolando lá na sala ao lado.
Nem precisa dizer que, naquela manhã ele, a mochila e o estágio dançaram.
Edilson Rodrigues Silva
