Eles estavam andando pelas ruas da cidade, estavam deslumbrados com a grandiosidade da cidade, das construções, e com o grande número de pessoas que passavam pelas ruas. Eles só haviam visto tal grandiosidade pela televisão, era a primeira vez que estavam passeando por aquelas movimentadas ruas.
Eles vinham de uma cidadezinha do interior onde a população era muito pequena e dava para conhecer a cidade toda em apenas duas horas de caminhada. A maior construção da cidade era a igreja matriz que ficava na praça principal. Era um sonho antigo poder conhecer uma grande metrópole como aquela. Assim que tiveram condições financeiras para fazer a viagem arrumaram um jeito de realizar àquele antigo sonho.
Agora, estavam lá andando de um lado para o outro, experimentando os sanduíches e lanches típicos da velha e enorme metrópole. Assim que haviam chegado numa esquina o homem foi ao chão e imediatamente colocou as mãos sobre o peito parecendo sofrer com uma dor angustiante:
- Amor! O que foi? Você está passando bem? Muito preocupada perguntou a mulher
- A...A... O homem balbuciou alguma coisa tentando se comunicar com a mulher.
-Armando! Fala comigo! O que está acontecendo com você meu amor? Mais angustiada ainda a mulher já estava dominada pelo medo e pela aflição de ver os seu amado naquele estado de dor profunda e iminente morte. Foi quando lá do fundo do seu ser o homem resgata as suas últimas forças e diz para a sua amada:
- “Alguma coisa acontece no meu coração. Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida São João. É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi Da dura poesia concreta de tuas esquinas...”
- Seu Tonto! Levanta daí seu bobão. Isso é brincadeira que se faça eu quase morri do coração seu... Disse a mulher meio aliviada e meio brava.
Edilson Rodrigues Silva
