Eles se Conheceram numa sala de bate papo e o papo foi tão bom que estão conversando até hoje. Trocaram muitas coisas: histórias de vida, alegrias, frustrações, sonhos e, agora, ambos concordavam: havia chegado à hora de trocarem experiências mais palpáveis e reais.
Resolveram se encontrar. O lugar marcado foi na frente de um grande banco numa movimentada avenida da cidade. As roupas, o horário, o programa: tudo havia sido combinado para que fosse perfeito. Depois de uma semana ansiosa e longa, chegou o dia. Ela chegou um pouco depois da hora combinada e ficou olhando o lugar. Observou bem e avistou o seu amado: homem forte, alto, bonito, elegante e tudo de bom. Como eles não haviam trocado fotos, ela ficou a observá-lo. Não conheciam a aparência um do outro, deixaram tudo por conta do mistério e da surpresa.
Ela olhou de novo e ficou insegura diante daquele homem tão bonito, será que era ele? Claro que era: O terno azul, a Rosa vermelha na lapela, um Arranjo de Ikebana nas mãos. Sim! Era ele! Não havia dúvidas era assim que ele falou que estaria.
Ela ficou sem saber o que fazer, ir não ir ao encontro dele? Será que ele iria gostar dela? Com medo de ser rejeitada, pois ela considerou não estar à altura de um homem tão bonito e fino, resolveu ir embora e esquecer tudo.
Quando ia voltando para a estação do metrô, a sua cabeça ia fervendo: Ela era uma covarde, medrosa, insegura, uma banana. Como seria a vida dela dali em diante?
Eram muitas questões que ficavam perturbando a sua mente e a sua alma. Resolveu voltar. Ao ver o homem, agora já mais desalinhado e claramente nervoso, ela se enche de coragem e vai ao seu encontro:
- Jorge?
- Quem, eu? Não! Não sou o Jorge e Você quem é?
_ V.. Você não é o Jorge? O meu Jorginho da internet.
- Claro que não! Eu sou o Paulo da Floricultura e estou esperando uma dona que não aparece de jeito nenhum. O cara falou que ela estaria aqui lá pelas treze horas e que era para eu vir vestido assim que era uma surpresa pra ela. Eu acho que levei um golpe. Se eu pego esse filho da mãe eu faço uma besteira. O pior é que ele disse que me pagaria aqui no local do encontro. Se eu pego esse picareta...
- E a senhora que é?
- Eu? Bem, a minha amiga me pediu para ver se o Jorge o irmão dela estava aqui, desculpe incomodá-lo... E foi saindo de fininho, vai que o homem descobre que era ela a dona que ele estava esperando e resolve cobrar o dinheiro do arranjo. Para ela já bastava o bolo que ela estava levando para casa.
A partir daquela data, ela olhou os relacionamentos via internet de outra forma.
Edilson Rodrigues Silva
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