Uma bela cantina italiana. Hum! Que delicia! Àquela macarronada a bolonhesa ou alho e óleo, porpetas recheadas , Lazanha, Caneloni, Rondeli, ravióli e todas aquelas massas, pães, molhos, queijos e vinhos maravilhosos. Pensava ele.
Afinal de contas já havia tanto tempo que ele não ia numa bela cantina italiana. Como por mágica naquele mesmo dia um amigo de velha data o convidou para comer uma bela macarronada ao molho e com porpetas recheadas e, além do mais com o indispensável acompanhamento de um excelente vinho, irrecusável!
Que linda garota! Ele não conseguia tirar os olhos da menina. E a garota, discretamente, correspondia aos olhares dele. Ela estava acompanhada de um senhor que mais parecia o pai ou avô dela. sem que o homem percebesse ela mostrava caras e bocas para ele. O amigo fez questão de lembrar que a bela senhorita estava acompanhada.
Não importava que ela estivesse acompanhada. Ele gabava-se de não ser ciumento e nem possessivo, não tinha problema nenhum.
Aquele senhor, certamente, deveria a ser um tio, o pai. Mas, o que importava mesmo é que ela era linda, estava dando bola para ele e não dava para deixar de olhar e admirar tamanha beleza. Ele ia esperar uma boa oportunidade para tentar abordá-la, quem sabe uma troca de telefone ou o e-mail para um futuro encontro.
Assim que ela se levantasse para ir ao toalete ele a abordaria e deixaria o seu cartão com ela. Mas e se ela não for ao toalete? Pensou ele.
Bem! Neste caso eu pedirei ao garçom que dê um jeito de entregar para ela o meu cartão. Concluiu. Por uma boa recompensa, com certeza, ele faria tal gentileza.
Neste momento o senhor que acompanhava a linda mulher levantou-se atendeu o celular e foi para o lado de fora da cantina. Era a chance que ele estava esperando para fazer contato com aquela linda garota. Ele se aproximou. Sorriu e, discretamente, entregou a jovem o seu luxuoso cartão. Enquanto ele ainda sentia a doce fragrância do delicioso perfume da bela mulher ele observou que sobre a mesa existia uma pasta. Nela é possível observar que estava escrito:
“Cosa nostra até a morte”.
Imediatamente ele pegou de volta o cartão que já estava na mão da moça e voltou-se para o amigo e falou que eles tinham que sair dali rapidinho. O amigo falava que não tinha comido nada. Ele sem querer saber de nada dava tapas no amigo para que ele saísse imediatamente da cantina.
Lá fora o amigo perguntou para ele o que tinha acontecido e ele, ofegante e bem nervoso, respondeu que tinha se esquecido de pegar o dinheiro e que não teria como pagar a conta e por isso tiveram que sair antes do pedido chegar. Sem mais comentários os dois foram embora mais rápido que salário de pobre.
Edilson Rodrigues Silva