Outro dia ele estava no ônibus e viu um garoto que estava plantando bananeira e lembrou-se de uma situação que aconteceu na sua infância.
Quando ainda era um garoto de mais ou menos uns nove anos de idade ele consegui fazer algumas coisas diferentes para aparecer, primeiro foi dar estrela, depois aprendeu a plantar bananeira. No começo ele só ficava de cabeça para baixo e ainda por cima encostado-se na parede. Com o passar do tempo a confiança e a habilidade foi aumentado e ele passou a andar com as mãos plantando bananeira.
Por causa disso ele era bastante admirado pelos outros garotos, principalmente, pelos primos menores que o consideravam um verdadeiro herói por causa da sua incrível habilidade corporal.
Num domingo, três primas e mais duas coleguinhas vieram até a sua casa. Uma das meninas era uma verdadeira princesa e ele estava fazendo de tudo para chamar a atenção dela. Tudo que ele podia fazer ele fazia. Foi aí que ele lembrou-se de explorar a sua maior arma: O excelente desempenho em andar com as mãos plantando bananeira.
Assim que teve uma oportunidade, querendo fazer uma pose para ela ele colocou-se a andar plantando bananeira. As meninas ficaram muito impressionadas e começaram a segui-lo pela rua, ele todo empolgado pela frenética torcida, foi cada vez mais longe. De repente ele passou com a mão sobre alguma coisa gosmenta e escorregadia que estava na calçada e perdeu o equilíbrio vindo a cair sobre a cerca da casa de um dos vizinhos, além de derrubar a cerca que era feita de pequenas ripas de madeira feriu as costas em uma moita de coroa de Cristo – um arbusto espinhoso.
O dono da casa ao perceber o barulho logo saiu a pôs se a brigar com ele, por mais que ele explicasse que tinha ocorrido um acidente não estava resolvendo. Pediu desculpas muitas vezes e, envergonhado, resolveu ir embora.
O duro foi agüentar a gozação dos amiguinhos e as dores causadas pelos espinhos que feriram além das costas boa parte do bumbum.
Edilson Rodrigues Silva