O pai e mãe dele sempre falavam que queriam muito conhecer aquela que havia encantado e conquistado daquela forma o coração do garoto da casa.
Logo que foi possível eles combinaram um almoço no domingo. No dia combinado, assim que ela chegou, todos ficaram encantados com a menina. Estavam ali no apartamento os pais dele, dois primos e uma tia. A turma era muito simpática, atenciosa, conversava muito bem e praticamente todos tinham um excelente humor.
Estava indo tudo bem. O almoço e a sobremesa tinha sido excelentes.
Depois da refeição todos para a sala assistir um pouco de televisão e jogar conversa fora. No entanto, para ela, a coisa começou a complicar. Algo de inesperado aconteceu. Parecia que alguma coisa que ela tinha comido não tinha lhe caído muito bem. Com certeza tinha sido o peixe, pensou ela. Ela começou a ouvir aqueles barulhos no intestino, Sabe? Aqueles que fazem Bruuuum! Grrrrumm! Brrrrummm! Aqueles sons que, por mais que não queiramos, indicam que a coisa está indo muito mal e, com certeza, se nada for feito vai ficar pior ainda.
Não deu outra! Ela sentiu uma dor de barriga daquelas. Foi daquele tipo de dor de barriga que é correr, e correr bem rapidinho, senão é vexame na certa.
Depois de um tempinho ela saiu correndo para o banheiro, foi ai que o desespero dela aumentou mais ainda, ela pensou: E agora, que vergonha meu! Logo hoje vem me dar essa dor de barriga. Que azar! Como é que eu vou ao banheiro aqui nesse apartamento pequeno o que é que eu vou fazer. E o cheiro? Os sons? Que vergonha!
Ela não pode pensar muito tempo porque existem coisas na natureza que não esperam. Foi aquele desastre total a coisa não podia ter ficado pior foi cheiro, sons e tudo mais que não poderia acontecer, aconteceu ali naquele pequeno lugar. E para o azar dela, a delicada operação que ela acabara de fazer tinha repercutido o mais alto possível pelo pequeno apartamento, enfim, foi um king Kong tamanho família.
Agora era a parte mais difícil: Sair e agir como se nada tivesse acontecido, como se tudo aquilo fosse à coisa mais normal do mundo. Claro que era uma coisa normal! Pensava ela. Para quem faz é a coisa mais natural do mundo só que para quem esta na platéia a coisa é bem diferente.
Ela respirou fundo e pensou: vou sair com a maior cara de pau e já puxar um assunto qualquer e fingir que nada aconteceu... Bem, antes ela deu um jeito de ventilar o banheiro girando a toalha como se fosse ventilador e ainda lavou bastante a mão com sabonete para disfarçar o cheiro desagradável. O suave cheiro do sabonete tomou conta de todo o pequeno banheiro e ela saiu....Gente! Vocês estão assistindo a novela das oito?...Eu não consigo perder um capítulo....
Edilson Rodrigues Silva
