- Márcia, por favor, dá para você dar uma passadinha aqui amanhã às nove horas da manhã?
- Claro Dona Luiza! Pode deixar que às nove horas eu estarei ai. Até amanhã Dona Luiza.
- Que legal! A minha maior e melhor cliente me chamou. Que bacana! Porque ela sempre compra muito bem. Que maravilha! Pensou ela.
Logo cedo ela está lá no ponto do ônibus esperando o coletivo. Quando ela vê o ônibus se aproximando ela sai lá de trás e já de braço esticado ela vai em direção ao meio fio para, assim que o veículo parar, ela subir. Assim que ela começou a se movimentar , como o ponto estava muito lotado, ela não viu o corredor que estava passando por ali entre a calçada e o meio fio.
Foi aquela trombada entre os dois. No choque a bolsa de cosméticos que ela carregava caiu e abriu-se. Os produtos que estavam lá dentro caíram na calçada, foi batom para um lado. Amostras de desodorantes e de perfumes do outro lado. Tudo ficou ali espalhado pelo chão.
Uma senhora que também estava lá esperando o ônibus ajudou a moça a recolher os produtos que estavam espalhados pelo chão e depois perguntou:
- Você está bem?
- Sim! Eu estou bem obrigada. Obrigada pela ajuda minha senhora. Eu não vi o homem que estava correndo. Foi uma pancada e tanto né?. Será que o homem ficou bem? A cara dele atropelou o meu braço, será que ele se machucou?
- Minha filha, pode ficar tranqüila. O homem já foi embora, me parece que ele não se machucou. Eu estou vendo que você é vendedora da Natura não é?
- Sim senhora! Sou sim.
- Será que você poderia passar na minha casa um dia desses?
- Claro que sim! Deixe-me anotar o seu endereço e o seu telefone.
- A minha família, que não é nada pequena, gosta muito dos produtos da Natura. A vendedora que atendia a gente mudou-se para a Espanha e eu estava mesmo procurando uma representante. Que bom que eu encontrei você! Que bom!
Edilson Rodrigues Silva
