Quando ela estava passando pela Rua Augusta ela olhou logo à frente e ela viu aquela mulher horrível. A mulher vinha caminhando tranquilamente e toda orgulhosa na direção dela. Que mulher horrorosa! Que mau gosto! Ela imediatamente pensou consigo.
Ainda com o olhar e o pensamento fixos naquela detestável criatura que,ainda insistia em vir na sua direção, ela foi tomada por um sentimento ruim que era um misto de rejeição e profunda antipatia por aquela umazinha desajeitada, que para ela, era a pessoa mais desprezível da face da terra. Onde já se viu sair às ruas daquele jeito. Ô mulherzinha sem bom senso, sem bom gosto e nem um pouquinho de criatividade!
Esses sentimentos nada nobres nasceram repentinamente como um vulcão de emoções negativas. Tudo isso havia ocorrido quase que de forma instantânea logo no primeiro instante em que ela fez contato visual com àquela aberração da natureza.
A outra mulher, a rival, era uma pessoa comum que estava vestida de forma comum, andava como uma pessoa comum e também num lugar comum. O único erro "daquela aberração da natureza" se é que podemos chamar assim, foi ela, naquele dia, ter saido de casa usando um vestido completamente igual ao vestido que ela estava usando.
Coisas de mulher!
Edilson Rodrigues Silva