Um professor de língua portuguesa foi abordado na rua por um
marginal:
- Isso é um assalto. Levante a mão.
- Só um momento. Eu sou professor de português e não concordo com
essa barbaridade que o senhor acabou de dizer. Não é levante a mão. É levante
as mãos. Corrigiu o professor.
- Engraçadinho!...Não me venha com histórias... Vamos!
Mão pro alto!
- Se eu obedecer ao que você está falando eu só vou
levantar uma das mãos. Creio que não seja isso que o senhor gostaria que eu
fizesse. Justificou-se o letrado
- Eu quero é o dinheiro. É isso que eu quero.
Vamos!...Levante a mão!
- Mas assim a concordância verbal está toda
errada. Eu não posso permitir isso.
- Cancordância do quê?...Errada?...Como assim?
- Cancordância do quê?...Errada?...Como assim?
- Eu vou mostrar para o senhor como é que deve
ser: disse o professor.
- Levante as mãos idiota!...Isso é um assalto! Passe
tudo pra cá!...Disse o professor com voz alta e firme.
O ladrão, muito impressionado com autoridade e
com o desempenho do professor, imediatamente passou ao professor a carteira dele
e a arma que ele estava portando.
- Gostei professor! Isso vai ampliar os meus
negócios. Vou aplicar isso nos meus próximos roubos. Disse o meliante.
- Não vai não.
- Não!
- Isso mesmo. Não vai! Agora você vai comigo para
a delegacia e depois para a prisão. Lá você vai ter bastante tempo para se
desenvolver na língua portuguesa e também vai aprender a não roubar mais
ninguém. Eu não sou professor. Eu sou um policial.
Edilson Rodrigues Silva