Bem cedinho ela já estava no supermercado, mas nem o horário adiantado foi o suficiente para livrá-la dos espíritos de porco como ela mesma dizia. Enquanto ela estava escolhendo pinhão para fazer com que a casa dela entrasse de vez no clima das festas juninas, eis que apareceu não se sabe de onde uma senhora que era um legítimo elefante africano de tanta delicadeza.
Mal ela tinha se encostado à bandeja para escolher uns apetitosos pinhõezinhos a delicada senhora suavemente se colocou ao seu lado e acabou com a festa dela. Aí não teve jeito e, ela não agüentando a pressão, acabou reclamando com a mulher que imediatamente retrucou:
- Queridinha! É Você que é uma égua...
Vendo que o negócio ia acabar em coice ela foi pegar outras coisas e deixou para pegar o pinhão depois que tudo estivesse liberado. Dito e feito. Ela foi prá fila do pão, prá fila dos frios, retirou um dinheiro no caixa eletrônico e depois retornou ao pinhão. Agora sim! Pensou ela e, na mais absoluta paz ela fez a festa junina dela.
Mais tarde ela tinha que levar o carro para fazer a inspeção veicular. Ela havia marcado a inspeção veicular para as duas horas da tarde. Assim que ela chegou ao lugar indicado pela CONTROLAR, empresa que é responsável por fazer a inspeção veicular na cidade de São Paulo. Ela procurou um rapaz e disse:
- Senhor! Eu marquei a inspeção para as duas da tarde e já são duas e dez eu terei que esperar muito?
- Nãooo! A senhora não precisará esperar muito não. Pois, hoje, como é feriado prolongado às coisas estão mais calmas do que o normal. À senhora pode escolher qualquer baia vazia..e...
Na hora que o carinha falou aquilo, contando com o episódio da parte da manhã, o sangue dela subiu e ela explodiu de vez...
- Baia vaziaaaa! O senhor por acaso está me chamando de cavala, de égua seu mal educado! Isso são modos de falar com uma senhora... O senhor tem certeza que foi treinado para trabalhar com pessoas... Jamais na minha vida fui tão insultada..Você nem me conhece e já vai me Xingando....Égua...É a sua .....
- Calma Senhora! Perdoe-me! Eu usei o termo errado...e...
Edilson Rodrigues Silva
