-...Pô galera cadê o Freitas? Já faz mais de vinte minutos que ele foi pro mato pegar a bola. Também, vou te contar. Nunca vi tanto perna de pau junto que nem têm nesse time da Vila Amélia. Se algum dia o Tadeu Schmidt passar por aqui ele vai ter Bola murcha pra mais de 2 anos. Disse o primeiro jogador.
- Acho melhor a gente ir ver o que aconteceu com o Freitas. Ele pode estar precisando de ajuda. Disse o segundo jogador.
- Precisando de ajuda! Pra pegar uma bolinha de nada. Era só o que me faltava. Vamos lá ver o que é que o Freitas ta fazendo lá no mato. Eu estou apostando que é outra coisa. Disse o primeiro jogador.
Assim que eles entraram mato adentro só dava para ouvir o barulho das folhas das árvores e o som dos pássaros. Nada do Freitas!
- Freitas!...Freitas!...Olha lá! Não é o Freitas deitado ali? Disse o segundo jogador.
- Claro que é! Eu sabia! O cara tá dormindo. Não falei. Disse o primeiro jogador.
- Mano! Ele não tá dormindo não ele está é desacordado. Freitas! Freitas! Acorda mano. Acordaaaa! O segundo jogador dava pequenos tapas no rosto do Freitas na tentativa de reanimá-lo.
- Hãã! Hâã! Depois de alguns tapinhas o Freitas acordou meio atordoado e disse: Caramba! O que aconteceu? Eu vim aqui pegar a bola e a última coisa que eu me lembro é de ter levado uma baita pancada na cabeça. Será que foi tentativa de seqüestro ou coisa parecida? Disse o assustado Freitas.
- Que tentativa de seqüestro seu anormal. Levanta pra cuspir seu bobão! Quem é que vai querer te seqüestrar. Além de você ser duro que nem um tijolo é burro a vida toda. Você nem se deu conta que o bateu na sua cabeça foi esse coco aqui ó. É uma anta mesmo. Tentativa de seqüestro? Só o Freitas mesmo. Vamos ver. Quem sabe com a pancada que ele levou hoje ele fica mais ligado. Disse o primeiro jogador.
Edilson Rodrigues Silva
