- Claro! Respondeu a sindica.
- Nossa! Como ele é parecido comigo né? Disse o homem.
- Parecido com o senhor não. Seu Aloísio esse homem aí é o senhor! Com firmeza, falou a síndica.
- Mas como pode ser. Eu não me lembro de nada disso. Falou o homem.
- Olha Seu Aloísio, o senhor me desculpe falar dessas coisas, eu sei perfeitamente que isso não me diz respeito, mas também alterado do jeito que o senhor chega aqui no condomínio eu não me admiro que o senhor não se lembre de muitas coisas.
No mês passado o senhor tentou a todo custo entrar no carro da Dona Silvia do apartamento quarenta e cinco pensando que era o carro do senhor. Levou um tempão para que o zelador conseguisse fazer com que o senhor acreditasse que a Dona Silvia não havia roubado o carro do senhor.
Sem contar que, sábado de madrugada, o senhor ficou tocando a campainha do apartamento treze pensando que era o seu apartamento o setenta e três.
Portanto, quando eu vi estas imagens, confesso ao senhor que, apesar de estranhar muito que um marmanjo deste tamanho estivesse fazendo xixi no vaso do hall de entrada, eu logo desconfiei do senhor. Disse a síndica.
- Nossa! Mas ele é muito parecido comigo mesmo, as plantas estão atrapalhando um pouco a visão... O senhor Aloísio procurava desconversar.
Diante dos fatos, nem foi necessário aplicar as técnicas do CSI para chegar ao autor da estranha e inusitada irrigação sofrida pelo vaso do hall de entrada.
- Bem! Seu Aloísio, aplicando as normas do condomínio... Aqui está a sua multa. Por favor, espero que este tipo de coisa não se repita novamente. Disse a síndica.
Edilson Rodrigues Silva