Morrendo de medo, pois, além do táxi estar caindo aos pedaços, o motorista era muito estranho, sem contar que o cara era um pé de chumbo de mãos cheias, o cara corria prá caramba. O táxi rodava mais que baiana em desfile de escola de samba e nada de chegar ao hotel.
Foi quando do nada, o motorista parou o carro, se abaixou e pegou um saco plástico e saiu do veículo. A rua tinha pouca iluminação e, Imediatamente, na cabeça dela passou o filme da sua vida, ela criancinha, o primeiro má! má! , os primeiros passos...o primeiro vídeo game..Ela adolescente... Ela tinha certeza: Aquele ia ser o seu fim!
Aquele homem com aquele saco plástico na mão... Isso ela pensou em menos de trinta segundos. Foi o tempo que o homem levou para apanhar numa árvore um punhado de frutinhas que depois ele colocou no saco.
Retornando ao carro o homem falou:
Quem vem á Cidade do México e não experimentou essa frutinha é como se não tivesse visitado a cidade ( Nem perguntem a ela o nome da tal da frutinha porque ninguém em sã consciência iria se lembrar do nome da bendita frutinha). Ela, para ser simpática, experimentou a frutinha que era bem parecida com uma laranjinha.
Depois do susto, sã e salva, ela havia chegado ao hotel. Olha, foi uma noite daquelas. Ela não via a hora de tomar um banho, descansar e esquecer todo aquele estresse da viagem. Ela pensou aliviada.
Quando ela acordou no dia seguinte, o gerente do hotel lhe informou que havia uma encomenda para ela na portaria. Ela estranhou bastante a notícia e pediu para que o gerente mandasse alguém entregar a encomenda no seu quarto. Qual não foi a surpresa dela ao ver que o motorista do táxi tinha deixado na recepção mais das benditas frutinhas que, custaram para ela, aquele baita susto digno de um sexta feira 13.
Edilson Rodrigues Silva