...Ela já estava atrasada para sair, pois a prova para o concurso da Polícia Federal ia acontecer dentro de duas horas. Quando ela foi pegar o carro ela ouviu um filhote de gato miando desesperadamente.
Ela olhou de um lado do carro, do outro, olhou atrás e não encontrou o bichinho. Ela chamou a sua mãe e elas foram procurar o animalzinho e o encontraram embaixo do carro.
O bichano estava escondido dentro daquela chapa que protege a parte de baixo do motor. O coitadinho havia entrado lá para se refugiar do frio e não conseguiu sair mais. Como elas não conseguiram resgatar o gatinho, a mãe dela foi pedir ajuda e ela teve que pegar um táxi.
O tiozinho que pilotava o táxi era um tiozinho bem franzinho e magrinho, daquele tipo peso pena manja? Entretanto o pé do pacato tiozinho era peso pesado. E bota pesado nisso!
Caramba! Como a gente se engana com às pessoas é ou não é? O homenzinho era parada difícil. Parada! Acho que ele nem conhecia essa palavra. O cara era muito sem noção, ele não tirava o pé do acelerador para nada. E às ultrapassagens então. Viiixe! Era cada uma pior que a outra.
Olha, foi um sufoco só! Ela passou um aperto legal. Ela chegou até a comentar com o piloto de meia tigela que, daquele jeito ela só iria fazer a bendita prova lá com o São Pedro, ou era com o São Paulo. Bem! Era bem melhor fazer com um tricampeão né? Dando uma alfinetada no homem, já que ela havia visto uma bandeirinha do Corinthians pendurada no retrovisor.
Assim que ela chegou à faculdade onde iria fazer a prova, ela foi seguindo o povo pois, tudo mundo ia pro mesmo lugar. Ela estava andando pela calçada e estava tentando ler o endereço do edifício e da sala onde ela iria fazer a prova quando... Ploooft! Plaaaft! Não se sabe de onde surgiu uma bandeja cheia de canetas, lápis e outras quinquilharias que uma tiazinha estava vendendo ali na rua. Com a trombada foi lápis, caneta, quinquilarias e tiazinha prá tudo quanto foi lado.
Ela ainda bem que tentou ajudar a mulher a recolher as mercadorias, mas a ambulante não fazia outra coisa a não ser reclamar. Por mais que ela se desculpasse não teve jeito. A senhorinha não aceitou a ajuda dela e ainda a chamou de baleia desajeitada. Pensou ela: quanta violência por causa de umas canetinhas uns bagulhinhos e uns graminhas a mais.
Para completar o dia ela ia fazer a prova no décimo andar e, para a surpresa dela, os elevadores estavam “quebrados”. Que vergonha! Ela não acreditou muito naquela desculpa esfarrapada. Conclusão: ela chegou lá na sala, colocando os bofes prá fora, cansada, suada e falando muito mal da mãe de quem resolveu economizar dinheiro com aquela "jogada".
Neste dia Nem tudo foi ruim. Depois de tanto sufoco tudo terminou bem. Apesar da agitação e das confusões que ocorreram antes da prova, ela fez um excelente concurso. Foi aprovada, convocada e, hoje, está muito feliz trabalhando num lugar bem pertinho da casa dela.
:Guia Pratico Para Passar em Um Concurso Público em 1 Ano. VEJA AQUI
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Edilson Rodrigues Silva
