Era o segundo dia de trabalho da moça naquela
firma. O chefe dela pediu para que ela ligasse para uma empresa de motoboy e
solicitasse que eles mandassem com extrema urgência um motoqueiro para que esse
pegasse ali uma encomenda e depois a levasse até o aeroporto.
Ela ligou para a empresa de motoboys.
A moça da empresa de entrega rápida perguntou para
a novata qual era o ponto de referência mais próximo da firma dela. A
funcionária nova como não conhecia nada da região perguntou para um tiozinho
que era um dos funcionários mais antigos da empresa. O funcionário veterano
disse que, a referência mais próxima era a Praça dos Expedicionários. E foi
isso que ela passou para a moça da firma de entregas.
O tempo foi passando e nada do motoboy chegar para
buscar a encomenda. O patrão dela já estava nervoso. O motoqueiro deve ter se
perdido comentou ela.
Na verdade o motoqueiro estava bem pertinho dali. O
rapaz tinha ficado rodando feito barata tonta. Assim que o garoto da moto
chegou, deu para notar que ele estava muito furioso. O rapaz teve que rodar
pela região mais que cachorro na ora de deitar. Tudo isso aconteceu porque ele
não conseguia de jeito nenhum, encontrar alguém que conhecesse a tal da praça
dos expedicionários que a moça havia indicado como referência.
Nem precisa comentar que o motoqueiro só não
desabou os muitos elogios do repertório dele pra cima da moça porque isso não é
papel de homem de verdade, mas a vontade dele era mais que gigante porque, ali
perto da firma dela, tinha supermercado, escola e posto de gasolina. Esses, com
certeza, eram pontos de referência muito melhores para ela usar do que a tal da
Praça dos Expedicionários que ninguém ali no bairro conhecia.
Depois ela ficou sabendo que a tal da praça era
realmente muito pequena. Na verdade a tal da praça era uma pracinha tão pequena
que o povo todo somente a conhecia como uma simples rotatória e não como uma
praça.
Edilson Rodrigues Silva