O Dinheiro cai do Céu? - Cronicas Engraçadas - Histórias Engraçadas

Ela já estava ficando doidinha com aquela garotada. O pessoal não dava moleza não. Aborrecente em idade de ir para a balada é um caso sério, Afff! ...A menina sempre reclamava que a roupa estava isso, que a roupa estava aquilo, que o tênis estava assim ou assado...Colaborar em casa que é bom, nada! Sem falar no telefone. É um absurdo o que essa molecada fala ao telefone, eles passam semanas com o telefone pregado na cara parece até que já nasceram com o celular colado na orelha, Vixiii! haja babado prá colocar em dia.

Sábado a noite era o Ó. Era um tal de um falar com uma gatinha aqui, ficar com a outra ali, enfim uma muvuca federal. Pô! no meu tempo a parada era menos sinistra. Era namoro ou não. E pronto. Não tinha essa de ficar nessa sem-vergonhice  de hoje. Esse lance de ficar. Ficar, ficar o quê? Na verdade ela nunca entendeu muito bem esse negócio de ficar, ficar? Tinha ficado sim. O barato tinha ficado uma bagunça total. Pensava ela.

Ficando ou não sempre sobrava prá ela. Um pedia para levar ali, o outro acolá a outra pedia para buscar às quatro da matina. Era um sufoco só! Aqueles três aborrecentes, apesar de serem os amores da vida dela, davam uma canseira até em maratonista.

Sem contar o lado da grana. A galera ia crescendo e junto cresciam também às despesas. Sempre tinha um que, quando pintava a necessidade mandava um sonoro:

- Ô véia! Libera uma grana aê.

- Que véia ô menino? Isso lá é jeito de falar com a sua mãe. E tem mais: você pensa que dinheiro dá em árvore, que dinheiro cai do céu ou que eu trabalho no Banco do Brasil?

- Êita! Tá vendo? Tá ficando véia mesmo. Você não trabalha no Banco do Brasil sua tonta? Disse o filho dela em tom de gozação.

- Chiii! É verdade! Tá vendo Vocês estão me deixando maluca...

Edilson Rodrigues Silva